“Vá em busca de sua paixão”, orientava Henry a seus filhos quando chegavam ao final da adolescência e aos vinte e poucos anos. “Encontre seus interesses fora dos negócios da família e dedique-se a eles.” Por mais inspiradoras que tenham sido as palavras, Henry, o patriarca de uma empresa bem-sucedida de peças automotivas, não estava simplesmente dando liberdade aos filhos para seguirem seus sonhos. Estava exigindo. Tendo visto muitas outras empresas familiares trazerem os filhos para o negócio desde cedo e “prejudicá-los”, em suas palavras, Henry temia fazer o mesmo com seus descendentes, mimando-os de certo modo ou tornando a vida deles fácil demais. Ele acreditava firmemente que a melhor forma de progredir era “levar um chute no traseiro” pois se aprendia o básico fora da empresa familiar. Então, observava com orgulho enquanto cada um dos filhos encontrava o próprio caminho profissional – um como advogado, um como artista, e o outro como banqueiro de sucesso.
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